Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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ANÁLISE DE OFICINAS EDUCATIVAS EM SAÚDE BUCAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE UMA ENTIDADE SOCIOASSISTENCIAL DE PONTA GROSSA- PR
JOSÉ GABRIEL VOLTARELI PEREIRA, BRUNA CAROLYNE SIEFERT DE OLIVEIRA, NAIARA LAGOS SOARES, ANDRÉA TIMÓTEO DOS SANTOS DEC, MACKELLY SIMIONATTO, MARGARETE APARECIDA SALINA MACIEL

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: A cárie dentária é uma das doenças não transmissíveis mais comuns em todo o mundo e representa um grave problema. Em crianças, considerando os dentes decíduos, é motivo de preocupação pois geralmente não é tratada. Já a cárie em dentes permanentes prevalece na faixa etária de 15 a 19 anos. Tendo em vista esses aspectos é necessário uma boa educação em saúde bucal para crianças e adolescentes como forma de motivação de cuidados e prevenção da cárie. Objetivos: Avaliar pelo índice O’Leary a eficácia de oficinas educativas sobre saúde bucal realizadas com crianças e adolescentes. Materiais e Métodos: As oficinas foram desenvolvidas por discentes do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Foram realizadas com crianças e adolescentes de 06 a 13 anos, no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) da Escola Profissional Piamartina Instituto João XXIII (Ponta Grossa-PR) no período agosto de 2018 a julho de 2019. Os temas trabalhados foram cárie dentária, doença gengival, importância de uma boa alimentação, placa bacteriana e higienização correta dos dentes. Utilizou-se apresentações em datashow, vídeos, rodas de conversas, brincadeiras, uso de macromodelos para demonstração e treinamento da higienização bucal e práticas de escovação. Os participantes estavam distribuídos em quatro grupos: I e II (2018) e III e IV (2019). Empregou-se a técnica de O’Leary para determinação do índice de placa bacteriana (biofilme), antes das ações educativas e após finalizá-las. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UEPG (Parecer nº 2.896.932/2018). Resultados: Um total de 62 usuários do SCFV participou das oficinas. Os participantes dos grupos I e II apresentavam idade entre 5 e 12 anos (9±2 ) e os dos grupos III e IV entre 10 e 13 anos (12±1). A análise comparativa pelo o Índice O`Leary antes e após as oficinas apontou para uma maior efetividade das ações com os grupos de menor idade (I e II) sendo possível observar uma redução de biofilme nos dentes de 95,2±12,0% para 69,8±24,7%. Entretanto,
para os grupos com idade maior (III e IV) os índices foram de 70,8±24,2% para 71,4±23,4%, não sendo observada a redução esperada. Índices adequados (<25%) não foram atingidos em nenhum dos grupos. Considerações Finais: Sabe-se que a infância é a melhor fase para o aprendizado. Outro fator importante reside no fato que o público alvo era composto por crianças e adolescentes com alguma situação de vulnerabilidade social e isto com certeza afeta mais os adolescentes, pela percepção mais acentuada do meio social que o cerca, influenciando diretamente seu comportamento e aprendizagem. Sendo assim, este trabalho evidenciou que para esse público, programas de intervenção precoce devem ser implantados de forma contínua, para que se atinja os objetivos de contribuir com o desenvolvimento humano e a promoção da saúde. APOIO: Programas de Bolsas - Fundação Araucária e PROEX/UEPG.

Palavras-chave


Educação em Saúde Bucal; Biofilme Dentário; Promoção da Saúde;