Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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INSERÇÃO PROFISSIONAL DE EGRESSOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
JACKELINE MARIA DE ALMEIDA SOUZA, VINÍCIO OLIVEIRA DA SILVA, ANA BEATRIZ MATOZZO CORDEIRO, MICHELE CRISTINA DULLIUS

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


RESUMO

INTRODUÇÃO: Na última década, verificou-se a criação de mais de 20 cursos de graduação em Saúde Coletiva no Brasil, os quais se configuram como uma aposta na formação de profissionais críticos e reflexivos, qualificados para a atuação no Sistema Único de Saúde e implicados com a defesa da Reforma Sanitária Brasileira. O curso de graduação em Saúde Coletiva está fundamentado numa formação interdisciplinar, com a incorporação de saberes e práticas do campo da Saúde Coletiva. A construção da identidade profissional do sanitarista formado na modalidade de graduação põe em discussão os movimentos de emprego, o mundo do trabalho e as possibilidades de profissionalização. OBJETIVO: Analisar a produção científica sobre inserção profissional e movimentos de emprego de egressos dos cursos de graduação em Saúde Coletiva no Brasil. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de síntese da literatura científica, a partir de artigos, teses e dissertações sobre a temática, sendo considerados estudos nacionais, com texto em língua portuguesa, publicados entre os anos 2009 e 2019, no SciELO, na Lilacs, e no portal de periódicos da CAPES, utilizando o descritor “Saúde Coletiva”, combinado com as palavras: recursos humanos, graduação, sanitarista, mercado de trabalho e inserção profissional. Procedeu-se à análise, realizando-se leitura interpretativa e sistematização, a partir dos textos completos dos trabalhos selecionados. RESULTADOS: A pesquisa resultou em um total de 64 documentos, dos quais foram selecionados 45 para análise preliminar. Após a exclusão dos trabalhos que não atendiam aos critérios de inclusão e das duplicidades, foram analisados 37, dos quais, apenas 08 tratam, especificamente, do mundo do trabalho do bacharel em Saúde Coletiva. Apesar do baixo número de publicações sobre a temática, os resultados permitem identificar que os bacharéis em Saúde Coletiva enfrentam dificuldades de inserção no mundo do trabalho, em sua maioria implicadas com a falta de reconhecimento social da formação do sanitarista na graduação. Cabe destacar que, algumas características da inserção deste profissional não diferem do modo de inserção de outras profissões, apresentando desafios comuns e característicos do mundo do trabalho. As publicações apontam que, embora parte dos egressos demonstre insatisfação, outra parte mostra-se satisfeita com a trajetória e inserção profissional. O mercado de trabalho deste novo profissional não é algo definido e consolidado, mas o resultado dinâmico da correlação de forças políticas e ideológicas presentes no campo da saúde. CONCLUSÕES: A partir dos resultados obtidos, identifica-se a necessidade de mais investimento em pesquisas, que contribuam para melhor compreensão da realidade do mundo do trabalho deste profissional, assim como a necessidade de maior mobilização dos estudantes, egressos, professores, gestores e instituições para o fortalecimento dos cursos.

Palavras-chave


Saúde pública; Recursos humanos em saúde; Mercado de trabalho;