Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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CONCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA A RESPEITO DO ACESSO À SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBT
CATARINA MENDES DORIA, LUCIANA FREITAS QUEIROZ, BRUNO GIL DE CARVALHO LIMA

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: Embora um dos pilares do SUS seja a universalidade, o cenário enfrentado pela comunidade LGBT se distancia do que prevê a Constituição. Mesmo com a implementação de leis que respaldam a sua assistência, esse grupo se encontra vulnerável quanto ao acesso à saúde. Dessa forma, é essencial a percepção de que o problema não está na formulação de políticas de saúde, e sim, na maioria das vezes, nas relações sociais do profissional de saúde com o paciente. As grades curriculares das faculdades falham, quando não introduzem na formação profissional, matérias que contemplem o atendimento direcionado a essa população. Objetivo: Compreender a percepção dos estudantes de Medicina do Centro Universitário UniFTC sobre a sua formação acerca do contexto de saúde vivido pelos diversos tipos de gênero. Os objetivos específicos são elucidar a necessidade da discussão sobre as demandas de saúde da comunidade LGBT no meio acadêmico e evidenciar eventuais lacunas no aprendizado a respeito do atendimento a população LGBT. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, com estudantes de Medicina da UniFTC. Utilizou-se questionário estruturado para coleta de informações, que foram transformadas em banco de dados, tabulados e analisados graficamente por meio do software Excel 2016. Resultados: Dos participantes, 78,2% não tiveram informações sobre a saúde da população LGBT, 60,7% desconheciam a PNSI-LGBT e acerca da importância de debates no atendimento LGBT, 98,1% afirmaram ser relevante. Conclusão: Os estudantes de Medicina têm despertado para o assunto e percebido uma lacuna na sua formação. Vários obstáculos ainda estão presentes no que tange à formação do profissional médico, já que a mudança de concepção não se restringe apenas à qualificação no atendimento, mas, estende-se à forma de pensar e agir dos profissionais em formação, que por sua vez representam peças-chave na mudança da realidade vivida por essa população.

Palavras-chave


Minorias Sexuais e de Gênero; Universalização da Saúde; Educação Médica