Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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PREVENÇÃO EM SAÚDE REPRODUTIVA E SEXUALIDADE ENTRE ADOLESCENTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
SIMONE ROECKER, JULIANE PAGLIARI ARAUJO

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: O Estatuto da Criança e do Adolescente considera adolescente quem tem entre 12 e 18 anos. Porém, os serviços de saúde consideram a adolescência a faixa etária entre 10 e 19 anos, pois, a partir dos 10 anos, iniciam-se várias transformações no corpo, no crescimento, na vida emocional, social e nas relações afetivas. Nessa fase, o adolescente precisa cuidar da saúde física, mental e emocional e se preparar para assumir as responsabilidades que possam ajudá-lo a se prevenir de uma gravidez indesejada, e se proteger de doenças, como as infecções sexualmente transmissíveis (IST) e HIV/AIDS, além de cuidados com sua higiene corporal(1). Nesse sentido, cabe aos profissionais de saúde orientar os adolescentes em suas dúvidas e inquietações, além de promover cuidados com a saúde de modo geral, por meio de práticas seguras de sexualidade, com atenção especial a saúde reprodutiva. Objetivo: Relatar a ação educativa realizada junto à adolescentes sobre prevenção em saúde reprodutiva e sexualidade. Material e Métodos: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre educação em saúde com adolescentes, abordando o tema da sexualidade, de forma individual. Participaram da educação em saúde, 104 adolescentes, na faixa etária de 13 a 18 anos, matriculados no oitavo ano do ensino fundamental. Os mediadores dessa atividade foram discentes e docentes do curso técnico em enfermagem do Instituto Federal do Paraná. A orientação se fundamentou em cinco tópicos: 1) Anatomia e fisiologia do sistema reprodutivo masculino e feminino; 2) Cuidados com a higiene íntima masculina e feminina; 3) IST; 4) Prevenção da gravidez na adolescência; 5) Sexualidade segura: uso de métodos de prevenção à saúde. Resultados: A partir dos relatos dos discentes que executaram a ação educativa, obteve-se as seguintes perspectivas: sensibilização para o uso de preservativos, tanto masculinos, quanto femininos; despertar a curiosidade em conhecer mais o seu próprio corpo e cuidar de si e do parceiro; despertar para os cuidados com a higiene íntima a fim de evitar problemas de saúde; atenção especial aos sinais e sintomas das IST; aquisição de mais conhecimentos sobre as formas de cuidar da sua saúde reprodutiva de forma responsável; a quebra de tabus em torno dos temas “sexualidade” e “sexo” e cuidado com o seu futuro. E ainda, os alunos relataram sobre a importância de firmar parcerias para que essa modalidade de ação fosse realizada mais vezes e abrangesse maior número de adolescentes, a fim de proporcionar informações que despertem o cuidado à saúde como um todo. Considerações Finais: Notou-se importância de promover ações de educação em saúde que busquem a prevenção da saúde, evitando prejuízos a vida dos adolescentes, como a gravidez não planejada, a transmissão das IST, além de, provocar a reflexão sobre a sexualidade segura e a prevenção em saúde reprodutiva junto aos adolescentes.

Palavras-chave


Educação em saúde; Adolescente; Atenção Primária em Saúde;