Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS: ESTUDO EXPLORATÓRIO QUANTO AO CONHECIMENTO DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
SADANA HILLARY DAL'NEGRO, BRUNA FERNANDES, DAGNA KAREN DE OLIVEIRA, DYAYNE CARLA BANOVSKI, IANCA PYETRA DE ALMEIDA, GERUZA MARA HENDGES

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: Situação de emergência é caracterizada pelo agravo à saúde que implica em risco iminente de vida, necessitando de atendimento imediato. Todo ano ocorre, em média, 6.000 mortes e 140.000 registros em hospitais públicos, decorrente de acidentes em ambiente escolar. O empoderamento dos professores frente a situações de emergência é capaz de reduzir sequelas e aumentar a sobrevida dos escolares. A capacitação dos docentes, visando prestarem o primeiro atendimento frente a um acidente, pode reduzir os dados estatísticos, uma vez que mais de 90% dos casos se agravam por falta de conduta adequada. Objetivo: Avaliar o grau de instrução dos professores de educação infantil frente a situações de emergência em ambiente escolar. Material e métodos: Estudo transversal, de caráter exploratório e quantitativo. Os dados foram coletados, em 2018 e 2019, via questionários de 10 perguntas com termo de consentimento livre e esclarecido, antes da capacitação teórico-prática em emergência pediátrica dos professores de educação infantil do município de Toledo e região. O questionário e o treinamento foram desenvolvidos por acadêmicos de medicina vinculados a uma liga acadêmica de pediatria e abordou os temas de obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE), parada cardiorrespiratória (PCR), queimadura, afogamento, intoxicação, fratura, hemorragia e uma questão referente ao número do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Os dados foram tabelados utilizando o programa Microsoft Excel e avaliados separadamente. Resultados: O estudo contou com 55 participantes, totalizando 550 respostas globais, das quais foram obtidos 55,63% de acertos, com o número total de questões acertadas variando de 1 a 10 questões. A moda dos acertos foi de 6 questões e a média foi de 5,65 (desvio padrão 1,73). Dentre os assuntos abordados nos questionários, a identificação e manejo da PCR apresentou a maior porcentagem de erros, somando 55,15%, seguido por manipulação de fraturas (52,72%) e condutas frente a situações de queimaduras (50,90%). Além disso, 38,18% dos professores desconhecem o número do SAMU. O tema de maior domínio pelos participantes, conforme este estudo, envolve a percepção de um quadro de ingestão e/ou inalação de solventes tóxicos ou corrosivos (74,54%). Embora o conjunto de respostas referentes à OVACE seja a segunda maior porcentagem de acertos (69,70%), a questão sobre como diferenciar uma obstrução leve de uma grave apresentou porcentagem isolada de erro de 63,64%. Conclusão: A pesquisa revela um baixo grau de conhecimento dos professores frente a situações de emergências pediátricas e reafirma a necessidade da exploração desse tema entre os educadores por outras ligas acadêmicas, visto que a ocorrência desses acidentes é elevada no ambiente escolar e que o treinamento contribui com a prevenção de morbimortalidade nessas crianças.

Palavras-chave


Educação em Saúde; Atendimento de Emergência; Educação continuada