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Introdução: Grupos de gestantes estimulam o protagonismo da mulher durante o processo educativo favorecendo o autocuidado durante a gestação e parto. Os profissionais de enfermagem na equipe são importantes na atuação frente a estes grupos, compartilhando conhecimentos que diminuem o desconhecimento do processo gravídico-puerperal. Também neste período são comuns as alterações biopsicossociais. Objetivos: Descrever as atividades educativas promovidas pelo evento de extensão "Linha de Cuidado à gestantes da comunidade rural de Itaiacoca". Material e Métodos: Estudo descritivo de ações educativas desenvolvidas no período de fevereiro a dezembro de 2019 em duas Unidades Básicas com Estratégias de Saúde da Família (UBSF), a do Centro Rural Universitário de Treinamento e Ação Comunitária - CRUTAC e a do Biscaia, ambas localizadas na região de Itaiacoca, município de Ponta Grossa, Paraná, Brasil. As gestantes foram convidadas a participar das oficinas educativas ao iniciarem o período de pré-natal, realizadas no mesmo dia da consulta médica e com periodicidade mensal. A equipe das oficinas educativas era constituída por profissionais e acadêmicos dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG. Utilizou-se rodas de conversa e atividades que estimulassem a participação, o dinamismo do grupo e a fixação de conhecimento. Foram abordados temas congruentes ao ciclo gravídico-puerperal e a cuidados com a criança. Folders informativos também foram empregados. Resultados: Participaram das oficinas educativas 15 gestantes, dez da UBSF do CRUTAC e cinco da UBSF do Biscaia. As características dos grupos foram bastante semelhantes podendo ser agrupadas. A maioria das gestantes eram do lar (80,0), com idade entre 14 e 43 anos (279) e predomínio do nível de instrução do Ensino Fundamental Incompleto (53,3). Em relação à gestação, o não planejamento foi de 53,3, sendo 20,0 primigestas e 46,7 das gestantes já haviam sofrido aborto anteriormente. Do grupo, 13,3 das mulheres foram classificadas como gestantes de alto risco por apresentarem hipertensão arterial sistêmica. As oficinas educativas tiveram boa receptividade pelas gestantes que, aos poucos, foram se tornando mais participativas e dando um retorno positivo à equipe. Dúvidas e ansiedades sobre o processo gravídico-puerperal foram amenizados pela troca de experiência entre as gestantes e a equipe, entre saberes passados de geração a geração e conhecimentos científicos, promovendo o empoderamento das gestantes. Conclusão: Grupos de gestantes da zona rural vêm agregando ao pré-natal, criando um vínculo entre gestantes e profissionais das UBSF de modo a garantir os cuidados necessários para a segurança materno-infantil, diminuindo casos de mortalidade e a continuidade dos cuidados com a criança nos primeiros anos de vida. APOIO: Programas de Bolsas - Fundação Araucária e PROEX/UEPG.

Educação em Saúde; Cuidado Pré-Natal; Gravidez;