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ESTRATÉGIAS E MANEJO DO DIABETES MELLITUS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
INTRODUÇÃO: O DM é um problema de saúde considerado Condição Sensível à Atenção Primária e para que as ações voltadas ao controle do DM se desenvolvam de forma efetiva e eficiente, a Atenção Básica deve atuar como porta de entrada no sistema de saúde e coordenadora do cuidado (BORGES; LACERDA, 2018). OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é apresentar estratégias para melhorar o manejo no DM na Atenção Primária de Saúde (APS). MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, cujas bibliotecas virtuais usadas foram: SciELO (Scientific Eletronic Library Online), PubMed (Biblioteca Nacional de Medicina do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos). Os critérios de inclusão foram: artigos com recorte temporal de 2014 a 2019, idioma português e inglês. Assim, após o levantamento dos dados, foi feita a leitura e análise dos artigos, que resultou em uma seleção de 14 artigos. RESULTADOS: Segundo Radigonda (2014), o diagnóstico precoce do DM é um dos fatores essenciais para o controle da doença. Portanto, foi criado pelo Ministério da Saúde, o Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), que tem como foco o modelo avaliativo dos serviços prestados, e de acordo com o desempenho, são ofertados incentivos financeiros. A autopercepção da saúde atual está associada à adesão terapêutica. O idoso diabético que toma e acredita que os medicamentos controlam o diabetes tem 9,65 vezes a mais de chances em atingir uma adesão integral ao tratamento quando comparado ao idoso que não faz uso de medicamentos e não adere ao tratamento (BORBA et al, 2016). As mudanças comportamentais necessárias para controlar a condição do diabetes, principalmente aquelas relacionadas ao tratamento não farmacológico, contribuem para uma baixa adesão ao autocuidado (TORRES et al, 2018). Outro aspecto que chama atenção é que 71,2% dos usuários nunca participaram de atividades de educação em saúde voltadas especificamente para a HAS e o DM (FILHA; NOGUEIRA; MEDINA,2014). É perceptível que a Atenção Primária não esgota seus recursos terapêuticos, encaminhando uma demanda gigantesca de pacientes para a Atenção Secundária, a qual atua, muitas vezes, de maneira reducionista sobre o indivíduo, considerando apenas a doença (CORRÊA et al,2016). CONCLUSÕES: A educação em saúde deve produzir modificações no estilo de vida dos pacientes, e não ser apenas informativo, a prática de hábitos saudáveis deve ser encarada como um direito social. Percebe-se que a adesão integral ao tratamento para o DM é baixa e está associada às crenças nas medicações utilizadas para o controle da doença. Faz-se necessário o desenvolvimento de estudos adicionais para melhor definir o papel das crenças em saúde e as práticas de cuidados entre idosos assistidos na atenção básica de saúde (BORBA et al, 2016).
Palavras-chave
“Diabetes Mellitus” ; “Atenção Primária à Saúde” ; “Avaliação dos Serviços de Saúde”