Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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A RELAÇÃO DA AUTOPERCEPÇÃO DA FUNÇÃO SEXUAL DE MULHERES ADULTAS JOVENS COM OS QUESTIONÁRIOS QS-F E FSFI EM UMA UNIVERSIDADE DO SUL
MARIANA CONSTANTE DE OLIVEIRA, BRUNA BITENCOURT GONÇALVES, MARIANE DE OLIVEIRA FILASTRO, KRISTIAN MADEIRA, ARIETE INÊS MINETTO

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: A atividade sexual é primordial para a saúde dos indivíduos e tem impacto direto em sua qualidade de vida. Por esse motivo, as disfunções sexuais constituem um fator negativo para o bem-estar dos seres humanos e vêm recebendo grande visibilidade entre os profissionais da Saúde. Objetivo: O presente estudo propõe analisar a função sexual de acadêmicas adultas jovens de cursos da Saúde de uma Instituição de Ensino Superior do Sul de Santa Catarina. Metodologia: A pesquisa foi realizada em sala de aula, por meio de questionários autoaplicáveis contendo questões objetivas acerca da função sexual, divididas em duas escalas já validadas: o Female Sexual Function Index (FSFI) e o Quoeficiente Sexual Feminino (QS-F). Resultados: Participaram do estudo estudantes que atenderam aos seguintes requisitos: mulheres, acadêmicas dos cursos da Saúde em uma determinada universidade, com idades entre 18 e 30 anos, o que resultou num universo de 2137 participantes. A fim de viabilizar o estudo, definiu-se uma amostra de 326 acadêmicas, distribuídas entre os cursos de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Odontologia e Psicologia. Os questionários demonstraram equivalência em seus resultados e na relação entre os mesmos com a percepção das acadêmicas sobre possuírem ou não uma disfunção sexual. Obteve-se valor estatisticamente significativo na relação no que se refere as acadêmicas acreditar não possuir disfunções com resultado de grau bom à excelente no QS-F (43,8%) e excelente no FSFI (37,5%), onde as acadêmicas acreditavam possuir disfunções, se obteve resultados significativos em ruim à desfavorável (11,1%) e desfavorável à regular (33,3%) no QS-F e Regular (18,5%) e bom (33,3%) no FSFI. Conclusão: Percebeu-se, dificuldade por parte das investigadas bem como a dificuldade em abordar sobre o tema sexo, o qual precisa ser exercitado nas sociedades, tendo-se em vista que, as características sexuais de cada indivíduo percorrem sendo moldadas desde a sua infância, e isso certamente afetará diretamente sua atividade sexual durante a vida adulta. Segundo Santos et al. (2019), a timidez, vergonha e medo de julgamentos são barreiras a serem cogitadas para aumento de confiança e também de autoconhecimento, melhorando assim a satisfação da vida sexual de homens e mulheres. Por fim, a partir deste estudo, propomos que se proponham novas pesquisas a cerca do tema, principalmente no que tange relativo a conscientização sobre suposta normalidade sexual e/ou as possibilidades de tratamento para as disfunções encontradas neste e em outros públicos que possam vir a ser investigados.

Palavras-chave


Atividade sexual; Saúde; Ginecologia