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PERFIL DE INTERNAÇÃO POR SEPTICEMIA NO BRASIL: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
Última alteração: 02-10-2020
Resumo
INTRODUÇÃO: A sepse é uma resposta sistêmica do organismo à uma doença infecciosa, que, comumente, é por bacteremia, mas também pode ser causada por vírus, fungos e protozoários. Manifesta-se em diferentes estágios clínicos, podendo ser sutil e se confundir com outras síndromes clínicas ou se agravar até o choque séptico, subconjunto da sepse com aumento significante da mortalidade devido a anomalias graves de circulação e/ou metabolismo celular. Por causa dessa variação de manifestações clínicas, o diagnóstico pode ser dificultado e, por esse motivo, os números registrados podem estar subestimados. A mortalidade ainda pode se tornar mais elevada devido ao aumento da população idosa, no Brasil, e ao aumento de incidência de bactérias super-resistentes ocasionada por antibioticoterapias inadequadas. OBJETIVOS: Avaliar o perfil de incidência de septicemia, por ano de internação e Unidade Federativa (UF) de residência, no período de 2015 a 2019. METODOLOGIA: Trata-se de estudo epidemiológico descritivo quantitativo, acerca do número de internações por septicemia, no Brasil, de acordo com a UF e ano de internação. Foram extraídos dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no período de 2015 a 2019. RESULTADOS: Ao longo do recorte temporal avaliado, no Brasil, houve aumento de 27,8% no número de internações por septicemia (em 2015, foram 110.064 internações, e, em 2019, foram 140.608). Em relação às macrorregiões brasileiras, a região Sudeste foi a que mais teve casos internados em todos os anos, seguido das regiões Nordeste e Sul, em 2019. A região Centro-Oeste é a região com menor número de casos, com 28.997 internados; enquanto a região Norte teve 33.645 casos, a região Sul respondeu por 119.911 casos, a região Nordeste, por 126.869 e a região Sudeste, um total de 326.186 casos. CONCLUSÃO: A taxa de internação por septicemia está aumentando no decorrer dos anos no Brasil. Portanto, prevenir a sepse, diagnosticar precocemente e administrar tratamento adequado são de extrema importância para diminuir a incidência e a mortalidade dessa complicação. Desta forma, a implementação de medidas de segurança e protocolos assistenciais, no contexto da septicemia, pode auxiliar na diminuição de internações por sepse.
Palavras-chave
Septicemia; Mortalidade; Epidemiologia