Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR

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AS VULNERABILIDADES SOCIAIS COMO DESAFIO NO ENFRENTAMENTO DA COVID-19
GABRIELLE MANGUEIRA LACERDA, MARIA JOYCE TAVARES ALVES, MAISA GALDINO PEREIRA, LUANA RÉGIA FERREIRA VIEIRA, CÍCERA RENATA DINIZ VIEIRA SILVA

Última alteração: 02-10-2020

Resumo


Introdução: A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) nos últimos tempos tem provocado preocupação global em razão da imprevisibilidade associada a características da doença, como alta transmissibilidade e letalidade, além de ser uma doença que ainda está em desvendamento pela ciência para preencher lacunas na sua compreensão e busca por um tratamento. Causa graves problemas respiratórios e pode afetar as pessoas de maneiras diferentes, o que dificulta nas medidas para o enfrentamento. Até o momento, as estratégias que devem ser adotadas são o distanciamento social, uso de máscaras e recomendações de higiene básica, que podem ser medidas com intensidade diferente entre as classes sociais que vivem em condições de saneamento básico e estrutura domiciliar vulneráveis, que aumentam o desafio para prevenção e controle da doença. Objetivo: Refletir acerca dos desafios no enfrentamento da COVID-19 frente as vulnerabilidades sociais. Material e Método: Trata-se de um estudo teórico-reflexivo, desenvolvido a partir de leitura exaustiva de artigos científicos em bases eletrônicas de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-americana e do Caribe em ciências da Saúde (Lilacs), Literatura Internacional em Ciências da Saúde (Medline) e Google acadêmico. Para a escolha dos estudos, foram delimitados alguns critérios, como textos completos disponíveis e que contemplassem o objetivo do estudo. Resultados: As áreas mais afetadas e que destacam situações dramáticas coincidem com áreas vulneráveis. As recomendações para o enfrentamento a COVID-19 vão de encontro a realidades brasileiras que não dispõem de condições que lhes favoreçam na adoção das medidas, que produzem experiências distintas para quem ocupa posições de baixo espectro socioeconômico. Dentre elas o isolamento social e a paralisação de alguns serviços trabalhistas, que afetam diretamente na renda familiar. Acrescentam-se as condições sanitárias brasileiras de populações que moram em comunidades, como é o caso de favelas e aldeias, que dispõem de direitos básicos de saúde e moradia deficitárias. E até mesmo as ações desenvolvidas para suprir essas situações apresentam barreiras no acesso, pois o auxílio emergencial ofertado pelo governo federal exige uma população documentada e regularizada, além de que a solicitação para o benefício exige acesso a rede de internet, meio que não é disponível a todos. Considerações finais: A exposição ao risco é mais vulnerável nessas condições, de modo a potencializar a probabilidade de contrair a doença, mas também sofrer com a fome, ausência de higiene e escassez de água, sendo atingidos de inúmeras formas. É necessário que se desenvolvam ações no enfrentamento de modo a superar os desafios dessa população e melhorar a proteção social, de forma a construir um efetivo enfrentamento a COVID-19.

Palavras-chave


Infecções por corona vírus; Atenção à saúde; Vulnerabilidade social;