Tamanho da fonte: 

Introdução: A violência contra crianças, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) envolve todas as formas de maus-tratos físicos, emocionais, abuso sexual, negligência, exploração comercial ou de outras formas, podendo resultar em danos significativos à saúde infantil. Em razão do processo de crescimento e desenvolvimento, as crianças apresentam maior vulnerabilidade no que diz respeito à violência, resultando em impactos negativos sobre sua saúde, podendo intensificar-se ao longo dos anos, sendo imprescindível orientar desenvolver medidas e pactuar estratégias para promover a atenção integral à saúde de crianças. Assim, ressalta-se a importância de abordar essa problemática no setor saúde, visando prestar um atendimento adequado, minimizar o sofrimento, e ainda desenvolver ações que auxiliem na prevenção da violência e redução do número de ocorrências. Objetivo: Refletir sobre a atenção integral a saúde de crianças em situações de violência. Metodologia: Trata-se de uma revisão de publicações nas bases científicas SciELO e LILACS, no período de 2017 a 2020, sendo encontrados 18 artigos que abordavam a temática e após analisados detalhadamente, totalizaram 08 artigos, a fim de atender os objetivos desse estudo. Resultados: O setor de saúde constitui um espaço privilegiado para identificar as situações de violências contra crianças, devendo o profissional estar atento aos possíveis sinais e sintomas deste agravo, sendo preciso identificar as situações e fatores que predispõem essa condição e assim promover ações intersetoriais para a resolução do problema. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança tem como principais objetivos a atenção integral à criança, prevenção de acidentes e de situações de violência, bem como promoção da cultura de paz. Além de organizar metodologias de apoio aos serviços especializados e processos formativos para a qualificação da atenção à criança em cenário de violência de natureza sexual, física ou psicológica, visando à efetivação de linhas de cuidado na Rede de Atenção à Saúde e na rede de proteção social. Na atenção básica, evidencia-se a existência de um programa essencial para o enfrentamento da violência, denominado Programa Saúde na Escola que prevê atuações entre saúde e educação, incentivando a participação familiar nas ações. Conclusão: Torna-se relevante a promoção de qualificações para os serviços de saúde e seus profissionais, visando um aperfeiçoamento para lidar com as situações de violência infantil nas diversas áreas, para que assim sejam ofertados cuidados e medidas específicas, intervindo adequadamente e impedindo a continuidade do ciclo de violência e suas repercussões. Entretanto, a rede de saúde carece de serviços assistenciais em quantidade e organização, recursos financeiros e pessoas capacitadas para lidar com esse assunto, limitando assim, o desenvolvimento de uma atenção integral e mais humanizada.

atenção integral a saúde; criança; violência;