Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, II Seminário de Pós-graduação em Políticas Públicas

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A CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PARA AS DOENÇAS NEGLIGENCIADAS NO BRASIL: APROXIMAÇÕES E AFASTAMENTOS
MYRRENA INÁCIO, NOELA INVERNIZZI

Última alteração: 14-11-2018

Resumo


Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecem a erradicação das doenças tropicais negligenciadas até 2030 como uma de suas metas. Em 2016, o Brasil aprovou a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) e reafirmou que esses objetivos globais guiarão as políticas nacionais. No país, há capacidades científicas na área da nanotecnologia que oferecem técnicas de diagnóstico e liberação de fármacos para essas doenças. Porém, o controle e erradicação não depende apenas do acesso a novas tecnologias, uma vez que são enfermidades relacionadas a determinantes ambientais da saúde, tais como: tratamento de água. Esta pesquisa analisou quais são as aproximações entre a nanotecnologia, doenças negligenciadas e o tratamento de água na ENCTI para o período de 2016 a 2022. Adotou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica, documental e análise temática. Constatou-se que a ENCTI prioriza o diagnóstico e os sistemas de liberação de fármacos, bem como relaciona as nanopartículas e os nanofiltros para a descontaminação da água. Há ênfase na ampliação de pesquisa, desenvolvimento e inovação para diagnosticar e tratar as doenças negligenciadas, mas sem abordar ações para os determinantes ambientais relacionados a elas. Conclui-se que esse afastamento pode interferir na forma como esses temas se articulam ou se desarticulam na agenda das políticas, criando entraves para as metas dos ODS.

Palavras-chave


Nanotecnologia, doenças negligenciadas, determinantes ambientais da saúde

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