Última alteração: 22-12-2021
Resumo
Nos últimos anos, tornou-se comum a nomeação de mulheres para o primeiro escalão de um governo. Contudo, nem sempre elas ocupam os cargos mais importantes. Diante desse contexto, o artigo analisa a igualdade de gênero em cargos ministeriais a partir do banco de dados da ONU divulgado em 2020 com dados quantitativos de 190 países sobre o recrutamento de mulheres para o primeiro escalão de governo. Nosso objetivo é medir o grau de prestígio das pastas considerando a classificação proposta por Escobar-Lemmon e Taylor-Robinson. As autoras graduaram as pastas de acordo com o seu impacto, separando em três grupos: alto, médio e baixo prestígio. Trabalhamos com a hipótese de que a maior parte dos postos chefiados por mulheres sejam de baixa visibilidade. O resultado apontou que os ministérios mais relevantes continuam sendo comandados por homens e que as mulheres ocupam pastas temáticas, como da Família e de Assuntos Femininos, de baixo prestígio.
Palavras-Chave: Recrutamento ministerial; Mulheres; Representação; Elites políticas; Participação política.
DOI: 10.5380/2dcp2021.artcomp01p13-45