Última alteração: 22-12-2021
Resumo
Toda quebra de paradigmas está ligada a certa resistência. A expansão do direito ao voto feminino e posteriormente ao direito de representação política é um exemplo de luta e desconstrução paradigmática. Em relação aos estudos sobre mulheres no parlamento, são comumente utilizadas as representações descritivas (quantitativo de mulheres eleitas) e substantivas (efeitos da presença feminina no parlamento) para descrever esse contexto. Desse modo, este estudo objetiva analisar descritiva e subjetivamente o perfil de vereadoras do município de Curitiba, Paraná, no período correspondente às legislaturas 15ª (2009–2012), 16ª (2013-2016) e 17ª (2017-2020). Para a realização e embasamento teórico das análises, foi utilizado como modelo de análise a obra de Lena Wängnerud, “Mulheres nos parlamentos: representação descritiva e substantiva” (2009). No Município, a câmara municipal conta com 38 vereadores, dentre os quais as mulheres representaram 15,8%, 13,16%, 21,06% nas legislaturas 15ª (2009–2012), 16ª (2013-2016) e 17ª (2017-2020), respectivamente, sendo o número absoluto de mulheres na 15ª legislatura n= 06, na 16ª legislatura n= 05 e na 17ª legislatura n= 08 vereadoras. Em relação a análise substantiva, nota-se que as ações legislativas estiveram concentradas nos temas da saúde, educação e cultura, meio ambiente e segurança pública. Quando se trata de representação feminina, nota-se que quanto maior o número de mulheres na política, maior será o número de projetos e políticas que contemplam os interesses femininos.
Palavras-Chave: Políticas Públicas; Representação Feminina; Mulheres no Parlamento.
DOI: 10.5380/2dcp2021.artcomp01p13-42