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DINHEIRO AINDA GERA VOTO? UMA ANÁLISE DESCRITIVA DOS GASTOS ELEITORAIS DOS CANDIDATOS A VEREADOR EM BELO HORIZONTE
Henrique Oliveira Rachid Cançado

Última alteração: 15-10-2020

Resumo


Aplicando a teoria da escolha racional no fenômeno eleitoral, surge um campo de pesquisa da Ciência Política que se dedica a entender todas as variáveis que influenciam no voto. Uma hipótese é o fato de que o dinheiro pode ser o maior determinante no resultado eleitoral. Essa crença não é infundada, existem evidências que levam a esse raciocínio. GaryJacobson (1978; 1980; 1981; 1987; 1990) verificou o impacto financeiro nas presidenciais norte-americanas. Em estudo pioneiro, Samuels (2001) constata que a relação entre dinheiro e voto também ocorre nas eleições brasileiras. “Mensurar o efeito do gasto de campanha sobre os resultados eleitorais se tornou um tema canônico na CiênciaPolítica” (FIGUEIREDO FILHO, PARANHOS, CARVALHO DA ROCHA; SILVA JÚNIOR e LAVAREDA,2013, p. 31). Pois bem, em uma campanha que foi significativamente mais barata devido às novas regras como o limite de gastos, fim das doações empresariais e tempo menor de campanha, é necessário que se verifique: será que dinheiro ainda gera voto? O estudo de caso se refere a todas as candidaturas para o cargo de vereador em Belo Horizonte em 2016 que apresentaram suas despesas para a Justiça Eleitoral. Foram feitas então análises de correlação (coeficiente de Pearson) ep valor para verificar a interação entre dinheiro e voto. Em seguida uma regressão loess (com suavização dos dados) ilustra o comportamento dessa interação. Ainda foi testado modelo de regressão com as variáveis sexo, sigla, despesa e incumbency, para explicar o voto. O modelo foi sobreposto com os dados reais.

Palavras-Chave: comportamento político; money matters; dinheiro; financiamento eleitoral.

DOI: 10.5380/SDCP1.2020.gt5_art45

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