Biblioteca Digital de Eventos Científicos da UFPR, I Seminário Discente de Ciência Política da UFPR (SDCP)

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“NOSSO MAIS VALIOSO RECURSO”: MENSURANDO O IMPACTO DOS PROGRAMAS DE INTERCÂMBIO ESTADUNIDENSES SOBRE O COMPORTAMENTO INTERNACIONAL DE OUTROS ESTADOS
Douglas Henrique Novelli

Última alteração: 15-10-2020

Resumo


O artigo testa a hipótese de que países tendem a apresentar um comportamento internacional mais favorável em relação aos EUA quando seus chefes de Estado tiveram contato prévio com instituições de ensino estadunidenses. Foi feito um levantamento prosopográfico dos chefes de Estado dos países que compõem o Grupo Latino-Americano e Caribenho na Organização das Nações Unidas (GRULAC-ONU), observando especificamente quais destes tiveram contato com instituições de ensino estadunidenses. Para medir o posicionamento em relação aos EUA, foi adotada como variável proxy os padrões de votação desses Estados na Assembleia Geral da ONU, comparados aos padrões de votação estadunidenses, recorrendo a base de dados compilada por Voeten, Strezhnev e Bailey (2009). O marco inicial escolhido para a pesquisa foi o fim da Guerra Fria (dezembro de 1991), se estendendo até dezembro de 2017. Por se tratarem de duas variáveis dicotômicas, foi calculado o Coeficiente de Associação de Yule para verificar a força da relação entre elas. Todas as variações do teste retornaram uma associação positiva baixa, flutuando entre 0,108 (analisando todas as votações e considerando contato com universidades estadunidenses ou de outros membros da OTAN) a 0,202 (analisando apenas as votações consideradas importantes pelos EUA e considerando apenas o contato com universidades estadunidenses). Os resultados forneceram evidências que corroboram com a hipótese de que o contato prévio com instituições de ensino estadunidenses por parte de chefes de Estado produz uma postura mais positiva dessas nações em relação aos EUA

Palavras-Chave: Comportamento internacional; Assembleia Geral da ONU; Socialização de chefes de Estado; Intercambios Educacionais.

DOI: 10.5380/SDCP1.2020.gt2_art15

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